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Era fake news: o ChatGPT não deixará de dar conselhos jurídicos

  • Foto do escritor: Hebert Durães
    Hebert Durães
  • 5 de nov.
  • 3 min de leitura

Nos últimos dias, diversas páginas nas redes sociais e até portais considerados “especializados” espalharam a notícia de que a OpenAI teria proibido o ChatGPT de oferecer conselhos jurídicos e médicos. A suposta “mudança de política” rapidamente viralizou, gerando preocupação entre profissionais e usuários que utilizam a ferramenta para obter informações em diferentes áreas (G1, 2025).


Imagem: Conjur
Imagem: Conjur

 

O boato ganhou força após prints e vídeos circularem nas redes, sugerindo que a empresa havia restringido o chatbot de responder perguntas sobre temas de saúde e direito. Alguns veículos chegaram a afirmar que o ChatGPT “não responderia mais nada” sobre esses assuntos, o que provocou uma onda de desinformação digital (França, 2025).

 

A OpenAI, entretanto, veio a público para desmentir as alegações. Em comunicado, a empresa afirmou que não houve nenhuma mudança estrutural no sistema e que o ChatGPT continua podendo responder sobre temas jurídicos e médicos, desde que respeitados os limites éticos e legais já existentes na plataforma (G1, 2025).


"Não é verdade. Apesar das especulações, isso não é uma nova mudança em nossos termos. O comportamento do modelo permanece inalterado. O ChatGPT nunca foi um substituto para aconselhamento profissional, mas continuará sendo um ótimo recurso para ajudar as pessoas a compreender informações jurídicas e de saúde."
"Não é verdade. Apesar das especulações, isso não é uma nova mudança em nossos termos. O comportamento do modelo permanece inalterado. O ChatGPT nunca foi um substituto para aconselhamento profissional, mas continuará sendo um ótimo recurso para ajudar as pessoas a compreender informações jurídicas e de saúde."

 

De acordo com a empresa, as respostas geradas pelo ChatGPT passam por filtros e avisos automáticos que alertam os usuários sobre a necessidade de buscar profissionais habilitados. Esses mecanismos não são novos e fazem parte de um esforço contínuo para garantir o uso responsável da tecnologia, especialmente quando se trata de áreas sensíveis (Mendonça, 2025).

 

Apesar da correção pública, o episódio levanta uma reflexão importante. Embora as notícias tenham sido falsas, a repercussão mostra o quanto a sociedade ainda busca entender os limites da inteligência artificial generativa. Afinal, até que ponto uma ferramenta pode orientar o usuário em temas que envolvem saúde e direito, sem invadir o campo da atuação profissional regulamentada? (França, 2025).

 

Há, sem dúvida, uma linha tênue entre “informar” e “aconselhar”. O ChatGPT pode explicar conceitos jurídicos ou descrever procedimentos médicos de forma educativa, mas não pode substituir o diagnóstico, a prescrição ou o parecer de um especialista. Essa fronteira precisa ser constantemente debatida e atualizada à medida que as tecnologias evoluem (Migalhas, 2025).

 

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O caso também evidencia os riscos reais de confiar cegamente em conselhos emitidos por sistemas de IA. Mesmo com altos níveis de acurácia, a tecnologia pode apresentar erros, vieses ou descontextualizações, levando a interpretações equivocadas e até consequências sérias para a saúde ou para decisões jurídicas (Mendonça, 2025).

 

Por isso, nunca é demais reforçamr que o ChatGPT deve ser utilizado como ferramenta de apoio ao conhecimento, e não como fonte única de decisões. A informação automatizada pode ajudar o usuário a compreender melhor um tema, mas nunca substituir o papel ético e técnico de um profissional devidamente qualificado.

 

Referências

 

FRANÇA, Isabella. Fim dos conselhos médicos? Entenda boato sobre o ChatGPT. Metrópoles, 2025. Disponível em: https://www.metropoles.com/saude/fim-conselhos-medicos-chatgpt. Acesso em: 05 nov. 2025.

 

G1. OpenAI nega boato de que ChatGPT deixou de dar conselhos jurídicos e médicos. G1, 04 nov. 2025. Disponível em: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2025/11/04/openai-nega-boato-de-que-chatgpt-deixou-de-dar-conselhos-juridicos-e-medicos.ghtml. Acesso em: 05 nov. 2025.

 

MENDONÇA, Cecile. ChatGPT parou de dar orientações médicas e jurídicas? Veja o que mudou de fato. TechTudo, 2025. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/2025/11/chatgpt-parou-de-dar-orientacoes-medicas-e-juridicas-veja-o-que-mudou-de-fato-edsoftwares.ghtml. Acesso em: 05 nov. 2025.

 

MIGALHAS. OpenAI impede ChatGPT de dar consultoria jurídica ou médica. Migalhas, 2025. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/quentes/443746/openai-impede-chatgpt-de-dar-consultoria-juridica-ou-medica. Acesso em: 05 nov. 2025.

 

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